@MASTERSTHESIS{ 2005:845589560, title = {Aldeia Juvenil: duas décadas de contraposição à cultura da institucionalização de crianças e adolescentes pobres em Goiás}, year = {2005}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1894", abstract = "Esse trabalho pretendeu estudar o Projeto Aldeia Juvenil (PAJ) desde sua criação em 1983, até sua transformação em Centro de Estudo Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil (CEPAJ), em 1990, denominação que se mantém até a atualidade, e traz em suas duas décadas de existência, marcas de transformações e lutas que revelaram as implicações históricas de um processo de construção que caminha no contraponto da cultura da institucionalização de crianças e adolescentes pobres no Estado de Goiás. Para compreender como essa cultura se materializou, em nossa sociedade, fez-se necessário um passeio na história da infância e adolescência brasileira. Para tanto se fez uma cuidadosa revisão bibliográfica sobre o percurso histórico da institucionalização de crianças e adolescentes no Brasil, destacando como esse processo atravessou o tempo se (re) produzindo em nossa cultura. Ao se percorrer os caminhos da atenção destinada a crianças e adolescentes pobres, criou-se condições objetivas de passear pelas trilhas da historicidade brasileira, movimento que nos conduziu a como esse processo se constituiu no Estado de Goiás. Assim, foi possível descobrir a faceta que a Política Nacional do Bem-Estar do Menor se oficializou em Goiás, instalando-se por meio da Febem, representante do sistema capilar, mantenedor da rede de atenção ao menor que se estabeleceu em todo território nacional. Em Goiás sua concretização se deu numa instituição totalitária, denominada Centro de Observação e Orientação Juvenil (COOJ), que ostentou modelo corretivo-punitivo durante o período de 1972 a 1986. Nesse período, encontrava-se em vigência do Código de Menores de 1927 e 1979 que se baseava na situação irregular que concebeu a figura do menor termo impregnado de estigma e preconceito contra os filhos e filhas das camadas populares. Foi nesse cenário, que o Projeto Aldeia Juvenil entrou, efetivamente, na luta e defesa, por justiça social, de crianças e adolescentes pobres, no Estado de Goiás e iniciando nesse período o atendimento em meio aberto a menores infratores . O trabalho desenvolveu-se gradativamente, diante desse crescimento, ocorreu a ampliação das ações, levando-o a constituir-se em um Centro de Estudo e Pesquisa mantendo-se ligado à extensão da Universidade Católica de Goiás, qualificando dia-a-dia ações que contribuíram e contribuem para o fortalecimento de áreas do conhecimento e do atendimento referentes ao segmento da infância e adolescência brasileira. Por fim o Projeto Aldeia Juvenil/Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil ao se contrapor a cultura da institucionalização de crianças e adolescentes desvelou um universo de temáticas que desafiam e questionam permanentemente a sociedade e suas instituições em suas concepções e formas de se relacionar com a criança e o adolescente enquanto um ser social concreto. Com isso, o Centro de Estudo continua envolvendo-se nesse diálogo permanente e atualizado de demandas que surgem na contemporaneidade bem como os resquícios de um tempo que não passou e ainda pauta-se na desigualdade promotora de violência tema presente desde muito tempo na vida de pessoas dessa faixa etária do qual a Aldeia Juvenil se ocupa.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Psicologia}, note = {Ciências Humanas} }