@MASTERSTHESIS{ 2005:707310210, title = {O Malabarista: um estudo sobre o professor de sala multisseriada por meio do município de Jussara - GO}, year = {2005}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1057", abstract = "O ensino formal, que historicamente se destinou aos trabalhadores do campo, foi marcado pelo consenso de exclusão por parte da classe dominante, reduzindo a educação à escolarização e estabeleceu, ideologicamente, que ao homem do campo era suficiente o domínio das primeiras letras. Essa realidade tem gerado, ao longo dos anos, a situação de precariedade em que viveu e ainda vive a escola do campo, seja em relação à estrutura física, seja pelo insuficiente grau de formação do professor. Constituída essencialmente por sala multisseriada ou unidocente, essa escola se caracteriza por possuir uma sala e ter um só professor que ministra aulas para as quatro séries iniciais do Ensino Fundamental, no mesmo local e ao mesmo tempo. Nesse contexto recaiu o tema da pesquisa e o professor da zona rural de sala multisseriada constituiu o nosso objeto de estudo. Pouco lembrado nas pesquisas sobre educação, o professor de sala multisseriada acabou por apresentar-se como um malabarista no sentido de desdobrar-se entre as variadas atribuições que lhe foram impingidas e o professor que consegue mediar aprendizagem para até dezoito crianças, simultaneamente. Ao dar voz a esses professores, estabeleceu-se um diálogo. Pudemos, então, desvendar a desigualdade social e as contradições da escola no campo e não do campo. Para o apoio teórico tomamos por base os estudos de Sérgio Leite (1999); Jadir Pessoa (1997); Carlos Brandão (1990); Julieta Calazans (1993); Márcia Regina Andrade e Maria Clara Di Pierro ([20--]); Edgar Kolling, Nery e Mônica Molina (1999) em relação ao estudo da pesquisa no sentido da educação no campo. O fundamento para as discussões foi encontrado em Marx e Engels (1977); Marilena Chauí (2003); Gaudêncio Frigotto (1995); Miguel Arroyo (1995); Iria Brzezinski, Maria Esperança Carneiro e Wanderley Brito (2004); Acácia Kuenzer (1987); Osmar Fávero (2001); Carlos Jamil Cury (2001) e outros. Procurou-se apreender o movimento, o processo, as contradições (método dialético) no materialismo histórico (metodologia) que buscam os fundamentos das sociedades nas formações sócio-históricas e na relação de produção. Tomando por fundamentação o materialismo dialético, esta pesquisa fez um recorte para conhecer e tornar evidente a realidade dos professores de sala multisseriada, dos alunos e pais. A pesquisa qualitativa foi utilizada para este estudo. Optou-se, também, pelo estudo descritivo/analítico, utilizando as seguintes técnicas: entrevistas abertas, observação livre, anotações de campo e questionário fechado para o levantamento de dados sócio-econômicos. O critério para a seleção dos professores foi que a escola, em que eles trabalham, estivesse situada nas fazendas. O entendimento da tênue linha que separa o urbano do rural apresenta-se quando muitos moradores nas periferias pobres, que se caracterizam mais como produto da degradação da cidade do que, propriamente, do desenvolvimento urbano, acabam tendo uma relação tensa com a cultura urbana. Como trabalhavam no campo, reafirmam sua cultura rural de origem. Explicita, ainda, que a escola rural surge em função de interesses ligados à industrialização e urbanização, recebendo a educação rural tratamento periférico nos textos oficiais, e a Escola do Campo que se distingue pelo vínculo com o trabalho e a cultura do campo. Buscou-se mostrar que o ensino na zona rural passa, no início do século XXI, por um processo de mudança, reivindicada pelos movimentos sociais, acolhendo as vozes esquecidas de grupos sociais subalternos, mas produtores de saberes e formas de sobrevivência. Pertencem a esse grupo os malabaristas , ou seja, os professores da roça , alunos e pais, que em seus depoimentos mostraram uma realidade diversa do discurso das autoridades municipais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Educação}, note = {Ciências Humanas} }