@PHDTHESIS{ 2015:1387950688, title = {NA FRONTEIRA ENTRE O PSICODRAMA E A GESTALT-TERAPIA: AS DINÂMICAS ENTRE A SUBJETIVIDADE DO TERAPEUTA, AS COMUNIDADES CIENTÍFICAS E A ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA.}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1768", abstract = "O campo das psicoterapias oferece uma profusão de saberes e práticas que inclui diversos pressupostos epistemológicos e ontológicos sobre o ser humano e a natureza da mudança. A possibilidade de integração entre as abordagens é assunto controverso. Até mesmo o diálogo entre elas é difícil. O movimento de integração em psicoterapia busca mudar nesse quadro. Superar o isolamento intelectual de uma única abordagem pode ajudar o psicoterapeuta a ampliar sua ação e ajudar as abordagens a refinarem e afinarem seus ensinamentos. Os detratores invocam uma potencial desorganização intelectual como consequência de tais tentativas. O objetivo da presente pesquisa foi investigar como gestalt-terapeutas e psicodramatistas percebem e vivenciam, na prática, as possibilidades de integração entre suas abordagens. Através de entrevistas individuais narrativas de 22 profissionais foram colhidas, 11 de cada abordagem. A Teoria Fundamentada nos Dados foi adotada como método para construir um modelo teórico que explana como os terapeutas percebem e vivenciam as possibilidades de integração. A intenção, ao escolher esse método, era de contribuir com novas perspectivas, não baseadas em teorias já formuladas, mas na realidade viva dos terapeutas. As categorias que emergiram da análise das entrevistas dão voz a quem se encontra na realidade da prática profissional. O modelo construído a partir dessas categorias retrata a fronteira entre o Psicodrama e a Gestalt terapia como ela é vivenciada pelos participantes. A partir das narrativas dos profissionais foram mapeadas forças que aproximam e afastam as duas abordagens. Três eixos dominam a dinâmica dessas forças: a articulação entre teoria e prática, as comunidades científicas e a subjetividade do psicoterapeuta. Assim, a tese central sustentada pelo presente trabalho é a de que as dinâmicas de integração e as atitudes dos psicólogos frente ao diálogo entre abordagens não podem ser compreendidas a partir de argumentos racionais relativos à articulação científica. As dinâmicas e atitudes são resultado da interação entre processos subjetivos, sociais e institucionais. Assim, o profissional que se interessa por um diálogo com a outra abordagem transita na interface entre articulações teóricas que possuem sentidos subjetivos decorrentes da história do profissional e implicações sociais impostas pelas relações institucionais. Tal interface é governada pelas dinâmicas entre as comunidades e as instituições profissionais envolvidas. A subjetividade do psicoterapeuta se desvela nas necessidades de pertencimento grupal, nos efeitos da sua trajetória passada na abordagem de filiação e nas suas experiências prévias em relação com as demais teorias. Por outro lado, nas dinâmicas entre as comunidades e instituições, a competição por recursos simbólicos e materiais é uma força importante que afasta o diálogo e a integração. A articulação entre teoria e prática está relacionada com as tentativas constantes de cada abordagem para responder aos desafios de conceituar a práxis em psicoterapia. A constituição e evolução das abordagens são viabilizadas pela circulação e incorporação de conceitos. Assim, a intradisciplinaridade em psicoterapia contribui para a vitalidade do campo, ajuda a desobstruir as disciplinas e amplia as possibilidades de ação e compreensão do psicoterapeuta. Existe, nesse sentido, uma prática de trocas entre as abordagens. Mas esta é eclipsada pela desqualificação da outra abordagem no discurso acadêmico e institucional. Um processo de fusão da identidade profissional com conceitos e ideias da comunidade à qual o profissional pertence enseja forte laço de lealdade com a abordagem. Estudos sobre diálogos entre abordagens dificilmente podem compreender os processos envolvidos quando deixam de incluir estes diferentes eixos de interação. Tais estudos deveriam levar em consideração não somente as implicações clínicas e epistemológicas, mas também questões subjetivas, sociais e institucionais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Stricto Sensu - Doutorado em Psicologia}, note = {Ciências Humanas} }