@MASTERSTHESIS{ 2006:991219285, title = {Agência Goiana do Sistema Prisional: Estudo das Condições Sociodemográficas e Comportamentais de Mulheres de Detentos, Relacionadas à Vulnerabilidade ao Vírus HIV.}, year = {2006}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/3047", abstract = "O presente trabalho teve como objetivos a identificação do perfil sociodemográfico e dos fatores determinantes da vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV em mulheres reclusas, cujos parceiros sexuais são detentos da Agência Goiana do Sistema Prisional. A metodologia constou da triagem sorológica, seleção de 35 mulheres, levantamento sociodemográfico e entrevistas por saturação de informações com 12 mulheres, distribuídas em duas alas femininas do presídio: Casa de Prisão Provisória (CPP) e Centro de Inserção Social Consuelo Nasser (CIS). A análise quantitativa dos dados foi realizada utilizando-se o SPSS e o risco avaliado pelo teste exato de Fisher, sendo que a qualitativa foi efetuada pela análise do conteúdo das entrevistas por saturação. Os resultados indicaram que 41% das detentas mantinham relacionamentos afetivos dentro do sistema prisional goiano, levando-as a conviver com um fator de risco aumentado em 40% de contrair a infecção pelo vírus HIV. A taxa de prevalência de infecção pelo vírus HIV na população pesquisada foi de 12,5, tendo sido decorrente dos resultados soropositivos de testes no CIS, onde as mulheres cumprem pena de prisão mais prolongada. Esta prevalência constatada nos presídios femininos goianos foi 25 vezes maior que em relação à população total de mulheres em Goiás. As mulheres de detentos do sistema prisional goiano são jovens, com 45,7% na faixa etária de 18 a 29 anos e de cor morena (60%). Todas as mulheres soropositivas são morenas e têm entre 24 a 35 anos. A maioria delas tem vida sexual ativa (80,0%), com relações sexuais freqüentes, inclusive as soropositivas. Não têm companheiros fixos, mas 85,7% demonstram ter conhecimento dos métodos de prevenção. As características gerais desta população são mulheres advindas de famílias numerosas, decorrentes de áreas urbanas, que já viveram na rua em algum período de suas vidas, com história de desestruturação familiar e violência. Conclui-se então que, as detentas necessitam de uma assistência psicossocial especializada, que proporcione a redução dos fatores determinantes de vulnerabilidade nestas mulheres. São importantes as propostas de educação continuada nos presídios, inclusive oportunizando desde o ensino básico ao superior, bem como ações direcionadas para a profissionalização e crescimento de renda familiar. Deve-se buscar uma abordagem da saúde integrada, com assistência médica periódica para as detentas e seus grupos familiares, promovendo medidas de intervenção educativa/preventiva nos presídios e contribuindo efetivamente para a qualidade de vida das pessoas e direitos de cidadania.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Ciências Ambientais e Saúde}, note = {Ciências da Saúde} }