@MASTERSTHESIS{ 2017:1554310315, title = {(DES) Construindo atletas olímpicas: Análise das práticas discursivas sobre mulheres atletas, no contexto das Olimpíadas de 2016}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3705", abstract = "A mídia e sua cobertura esportiva, mais do que veicular informações, produzem saberes e formas específicas de comunicar o que é um corpo e como ele é percebido do ponto de vista dos gêneros e das sexualidades. Apesar da predominância de discursos que insistem em operar sob um modo binário (masculino ou feminino, hétero ou homo), a mídia tem produzido também discursos que questionam esse binarismo, propiciando uma abertura para outras maneiras dos gêneros e sexualidades serem compreendidos e performados. Pensando nisso – e apropriando-me das teorias feministas e de gênero, bem como da Psicologia Social de base socioconstrucionista – busquei, nesta pesquisa, analisar as práticas discursivas que constroem os sentidos a respeito de mulheres atletas na produção digital do site UOL no contexto das Olimpíadas de 2016. Para isso, durante 31 dias, recolhi um total de 454 reportagens que tinham como assunto principal atletas mulheres ou equipes femininas. E a partir deste corpus discuti quantitativamente como se deu o processo de visibilidades e temas que abordam as mulheres atletas. Já para a análise qualitativa, foram escolhidas 5 reportagens com a temática desempenho/carreira; 5 com a temática comportamentos/relacionamentos/sexualidade; 4 notícias da sessão especial “Quero treinar em paz”; e 4 matérias produzidas em parceria com a revista feminista Azmina. Identifiquei, então, os repertórios e sentidos que circulam sobre as atletas na mídia digital escolhida, e com base nas 18 reportagens distingui 3 matrizes discursivas que dão sentidos a essa categoria, a saber: matriz produtiva, matriz prescritiva e matriz questionadora. Assim, foi possível perceber que na mídia ainda são predominantes as noções prescritivas referentes aos gêneros e às sexualidades. Entretanto, a existência de uma matriz questionadora aponta uma tendência a mudanças nessas práticas discursivas. Quanto aos binarismos e à vinculação de gênero às diferenças sexuais e biológicas, estes quase não são questionados. Assim, encontrei em maior medida a ampliação das noções de feminilidades. Esse vislumbre de mudanças aparece de forma mais acentuada em matérias especiais que abordam o tema da equidade de gênero. E, dessa forma, nota-se que as contribuições das epistemologias feministas para a mídia se mostram urgentes na busca de desconstruir ou pelo menos desfamiliarizar os sentidos, repertórios e noções que circulam e constroem as mulheres atletas.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia}, note = {Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia} }