@MASTERSTHESIS{ 2017:207213709, title = {JOVENS E TAMBORES: PRECONCEITOS DA RELIGIÃO AFROBRASILEIRA NO CONTEXTO ESCOLAR}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3841", abstract = "Este trabalho inscrito na linha de pesquisa Educação Sociedade e Cultura e parte da pesquisa denominada O estado da arte sobre a juventude na pós-graduação PUC Goiás e UFG: educação, ciências sociais, psicologia e serviço social (2002-2014) objetivou investigar quem são os jovens de religiões afrodescendentes e os sentidos que atribuem à sua religião e à escola. Esta pesquisa traz à tona quais os significados e sentidos atribuídos pelos jovens de terreiros à sua religião e ao espaço laico. Para atingir tal propósito, delineou-se os seguintes objetivos específicos: compreender a articulação entre estas religiões e o espaço “laico” da instituição de ensino; aprofundar os estudos sobre as juventudes e as religiões; e entender suas matrizes afro-brasileiras no contexto escolar a despeito de todo um movimento de consolidação de políticas afirmativas de garantias de direito e de obrigatoriedade de ensino da História das culturas afro-brasileiras no âmbito escolar, com a Lei 10.639/03. O interesse pela temática surgiu em razão dos atos não civilizatórios que o povo de santo sofre por pertencer a uma religião de influência africana e para também adquirir conhecimentos de cunho científicos. Essa investigação se estabeleceu a partir da articulação entre o campo religioso e o educacional e, para isso, trouxe algumas reflexões teórico-conceituais sobre juventude e a relação entre religião e escola. Compreendeu-se, neste estudo, a juventude como um grupo social e diverso que, embora seja parametrizado por uma faixa etária, produz juventudes diferentes a partir da relação entre o mundo objetivo e o subjetivo. Apesar de uma aparente unidade, a juventude é compreendida na sua pluralidade quando se considera a classe, a etnia, o gênero, a raça, o econômico e a religião como elementos importantes na sua constituição. Para entender essa relação, foi necessário recorrer a estudos sobre juventude e religião (ABRAMO, 2012, PAIS, 1990, DAYRELL, TALGA, 2013, NOVAES, 2011, PARÉS, 2007, ALBUQUERQUE, 2006, LIMA, 2003, dentre outros). Os resultados do estudo indicaram que, desde a chegada dos povos africanos entre os séculos XVI e XIX, quando trouxeram um capital cultural “diferente”, as atitudes preconceituosas e a intolerância religiosa desse arsenal híbrido perduram até nossos dias por meio de violência simbólica, atos não civilizatórios de agressões físicas aos praticantes e adeptos e até depredações e ataques aos templos sagrados, terreiros. Desse processo investigativo, foi possível pontuar que o campo educacional tem-se mostrado resistente a diversas manifestações culturais, religiosas que não legalmente reconhecidas e que há uma invisibilidade da Lei 10.639/03, cujo teor é assegurar a obrigatoriedade do ensino de História e da Cultura Afro-brasileiras em estabelecimentos escolares públicos e privados, no ensino fundamental e médio. Os resultados colhidos também demonstraram que os jovens de terreiro atribuem sentido simbólico aos conhecimentos e à sua cultura, considerados sagrados, que circulam no universo do terreiro e, por sua vez, aprendem no dia a dia, em qualquer lugar do templo do axé. Nessa investigação, o espaço dito laico tem um papel primordial de construir pontes com os saberes observados no terreiro em que os jovens praticam nos diversos espaços da organização social da Casa de santo e defendem essa cultura diferenciada da cultura legitimada na sociedade e na escola. E, no final, conclui-se com as considerações acerca da problemática do estudo.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação}, note = {Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia} }