@MASTERSTHESIS{ 2017:726814377, title = {O TRABALHO EM TURNOS DE REVEZAMENTO EM UMA EMPRESA ESTATAL: UMA ANÁLISE EM PSICODINÂMICA DO TRABALHO}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3942", abstract = "A presente dissertação traz resultados de um estudo empírico que teve por objetivo investigar os impactos do trabalho em regime de turnos de revezamento e discorrer sobre como essa modalidade de jornada de trabalho pode interferir nas esferas familiar, social e na saúde desses trabalhadores, que é uma categoria pouco estudada. Trata-se de um estudo de caráter descritivo exploratório, embasado teórica e metodologicamente na abordagem da Psicodinâmica do Trabalho (PDT), realizado com um grupo composto por 12 trabalhadores de uma empresa estatal de energia elétrica – ocupantes do cargo de “operador de subestação e usinas hidrelétricas” – que desempenham suas atividades em turnos de revezamento. Foram desenvolvidas três sessões de discussão coletiva e um encontro para validação da pesquisa. Os dados foram analisados por meio da análise clínica do trabalho. Foram adotadas, para fins deste estudo, três categorias: a primeira delas consistiu no trabalho em turnos; a segunda foi a Organização do Trabalho e a terceira, a Mobilização Subjetiva. O trabalho para a (PDT) é um elemento central na constituição da saúde e da identidade e o principal elo entre indivíduos e a sociedade; por esta razão, investigaram-se as vivências de prazer e sofrimento no trabalho desses profissionais. No que diz respeito ao trabalho em turnos, aliado à rotina rígida e burocrática dos trabalhadores estudados, os dados apontam para a ocorrência de sofrimento por eles vivenciado, manifesto na(o): dificuldade em conciliar trabalho e vida sociofamiliar; sobrecarga doméstica; dificuldade em se desligar do trabalho; riscos a que estão expostos pela profissão; patologias adquiridas pelo trabalho em turnos. Constatou-se que o turno que mais impacta a saúde dos trabalhadores em turnos é o noturno, causando prejuízos evidenciados pelos sintomas de irritabilidade, desânimo, alterações de humor, dores de cabeça e cansaço. As principais patologias identificadas por esse estudo foram insônia ou sonolência excessiva, cansaço, irritabilidade, estresse, fadiga e depressão. No entanto, a clínica mostrou que há cooperação e confiança no grupo, aspectos que, somados ao reconhecimento simbólico, são decisivos para que todos atribuam sentido positivo ao trabalho de operadores de subestação em turnos e sintam-se pertencentes a este grupo profissional de trabalhadores, fortalecendo sua identidade. Ressalta-se que as principais estratégias identificadas no grupo pesquisado foram a união e cooperação, preconizados pela psicodinâmica do trabalho como uma mediação imprescindível na formação e na renovação das solidariedades contra o sofrimento no trabalho. Na categoria compreendida como Mobilização Subjetiva, os trabalhadores vivenciam mais o prazer no trabalho relacionado a: disponibilidade nos dias de folgas para resolver questões particulares e familiares; viagens; remuneração; relacionamento com as pessoas no local de trabalho; desafios e novas oportunidades de trabalho e sentido positivo do trabalho como operador. Acredita-se que o maior ganho obtido com essa pesquisa pelos trabalhadores foi repensar as questões pertinentes ao seu trabalho e por isso, sugere-se a continuidade do espaço de discussão coletiva para que os trabalhadores possam encontrar nesse espaço, um local de fala e escuta das questões laborais, além de implementações de ações em níveis individual, coletivo e familiar que visem minimizar os impactos causados pela organização temporal de trabalho em regime de turnos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia}, note = {Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia} }