@PHDTHESIS{ 2019:1935321761, title = {Mortes Violentas: o Sentido da Fé para Quem Fica}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4225", abstract = "A pesquisa desenvolvida nesta tese procurou analisar as mortes violentas e o sentido da fé para quem fica. O objetivo central constitui em descrever o papel da religião como fornecedora de sentido para os familiares das vítimas de mortes violentas. A temática responde urgentemente ao cenário brasileiro que tem sido marcado, terrivelmente, pela violência exacerbada. Do ano de 2008 ao ano de 2018, cerca de um milhão de vidas brasileiras foram ceifadas brutalmente. Na intenção de verificar essa realidade, Goiânia e as suas principais cidades circunvizinhas fizeram parte da pesquisa de campo. A mesma aconteceu por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas com familiares de vítimas de homicídios, suicídios e acidentes de transportes terrestres. As investigações empíricas se processaram no período de janeiro a maio de 2018, no Instituto Médico Legal. No transcorrer das análises, fruto das entrevistas, dos dados e dos aportes teóricos, se demonstrou que as mortes violentas atingem de forma mais cruel a parcela mais fragilizada da sociedade brasileira: os jovens pretos, pardos e pobres da periferia, as mulheres e as minorias. Os números relacionados às mortes violentas são muito preocupantes, pois se trata de mortes evitáveis. Nesse contexto, a religião desempenha um papel fundamental como atribuidora de sentido, fonte de estabilidade e segurança. Principalmente quando o sujeito se vê obrigado a enfrentar um dos maiores medos da humanidade: a morte. A não ser quando a morte é tomada como espetáculo midiático, ou tema de diversão infantil, ambas extremamente superficiais, o tema morte é considerado um grande tabu, na pós-modernidade. Até mesmo os líderes religiosos – na maioria das vezes, evitam expor e debater este assunto de forma mais aprofundada. Mesmo assim, no momento de enfrentamento da maior dor do mundo, do sofrimento e do desespero diante da morte violenta de seu ente amado, a religião e seus eficientes mecanismos simbólicos são as estruturas mais poderosas para combater a brutalidade da morte, as inseguranças, os medos, a profunda sensação de vazio e, principalmente, atribuir sentido para uma vida futura, sem a presença física do ente querido.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião}, note = {Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia} }