@PHDTHESIS{ 2020:1138044218, title = {Representações sociais do trabalho nos debates legislativos para aprovação da reforma trabalhista no Brasil}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4469", abstract = "O presente estudo consistiu de pesquisa empírica com análise qualitativa e descritiva segundo a perspectiva sociológica de Willem Doise, realizada através de tratamentos estatísticos correlacionais, utilizando-se como recurso o software Alceste. Como documento de pesquisa foram utilizadas as 21 notas taquigráficas publicadas pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados quando destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6.787, de 2016. Essas notas taquigráficas continham os discursos proferidos pelos 143 atores sociais presentes nas audiências públicas realizadas no período de 9 de fevereiro a 25 de abril de 2017, no entanto foram analisados somente os discursos proferidos pelos 63 deputados federais presentes, os quais caracterizaram o grupo social que praticou as conversações ordinárias que, analisadas, possibilitaram o estudo das representações sociais do trabalho, segundo a teoria das Representações Sociais de autoria de Serge Moscovici, tendo sido esse o objetivo geral dessa tese. Os objetivos específicos visaram identificar as respectivas filiações institucionais dos discursos proferidos; relacioná-los com suas respectivas posições sociais e interpretar as interações do discurso a fim de responder ao problema da pesquisa que tratava do reconhecimento das representações sociais do trabalho nos debates legislativos para aprovação da Reforma Trabalhista no Brasil, ano de 2017. O campo consensual das representações sociais se mostrou extremamente organizado de acordo com os atores do processo. Os discursos ficaram muito característicos e binários, por um lado a lógica dos políticos defensores dos empregadores elitizados e por outro a lógica dos políticos defensores dos trabalhadores, representando assim a voz da resistência. Encontrou-se, portanto, nesse campo consensual, um bipartidarismo representado por um lado pelos deputados federais defensores da elite empregadora e por outro lado pelos deputados federais defensores dos trabalhadores. Esses últimos perderam por não terem sido ouvidos e por terem sido representados por uma minoria. A Reforma Trabalhista brasileira, portanto, foi pensada, articulada, elaborada e aprovada por ideais neoliberais, orquestrados por deputados federais defensores de empregadores de elite. Nem mesmo a Esquerda escapou do crivo neoliberal, pois a exceção ficou somente para a Extrema-Esquerda. Dejours (2000a) e Dejours e Bégue (2010) através de seus estudos compreenderam que o neoliberalismo é igual ao nazismo e que a adoção de gestões neoliberais é responsável, dentre outros, pelo adoecimento e suicídios de trabalhadores. Para aplacar os efeitos do nazismo a humanidade editou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual em seu Artigo 1º preconiza a necessidade imperiosa de que os Homens “devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade” (Declaração Universal, 2005) e, portanto, não há alternativa para aplacar os efeitos do neoliberalismo que não seja a vivência desses mesmos direitos humanos já proclamados, pois, para veneno idêntico, antídoto similar", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia}, note = {Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia} }