@MASTERSTHESIS{ 2021:1493752768, title = {A implementação do checklist de cirurgia segura : estudo misto}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4790", abstract = "A adesão ao checklist de cirurgias seguras reduz as taxas de mortalidade e de complicações entre pacientes cirúrgicos. Entretanto, há uma baixa adesão ao instrumento, principalmente quando avaliam a qualidade dos itens de checagem. A inobservância desse protocolopode levar a erros e pôr em risco a segurança do paciente. Objetivo:Analisar os indicadores de processo e resultadona implementação do checklist de cirurgia segura. Método: Estudo misto com delineamento incorporado concomitante, realizado em um hospital de grande porte, público, filantrópico do centro-oeste brasileiro, em outubro de 2019. A população do estudo compôs-se por todos os checklist de cirurgias seguras preenchidos neste período e disponíveis no prontuário do paciente no setor de supervisão de prontuário e, por 24 profissionais de enfermagem que atuam no centro cirúrgico, responsáveis pela condução do checklist. A coleta dos dados ocorreu por meio de análise documental e entrevista semiestruturada. Os dados das duas abordagens foram apresentados concomitantemente e analisados por estatística descritiva e por análise de conteúdo. Resultados: Foram avaliados o checklist de 654 cirurgias, sendo a maioria na especialidade de ortopedia 445 (68%), de médio a grande porte 392 (60%), com duração de até quatro horas 614 (93,9%), realizadas no período diurno 641 (98%) em dias úteis 566 (86,5%). Participaram 24 profissionais de enfermagem sendo em sua maioria técnicos em enfermagem 18 (75%), do sexo feminino 22 (91,7%), com tempo de atuação no Centro Cirúrgico entre 8 meses a 11 anos e com formação profissional entre 4 a 19 anos. Os técnicos em enfermagem conduziram a maioria dos checklist 641 (98,0%) avaliados. Encontrou-se uma taxa de 100% de adesão ao preenchimento do checklist de cirurgias seguras. Entretanto, embora, os profissionais tenham consciência da importância do checklist e do momento certo de sua aplicação, reconhecem que nem sempre é conduzido como preconizado, sendo apenas checado os itens, sem a devida comprovação, devido a inúmeras barreiras e desafios encontrados. Emergiram como barreiras à sua adesão: falta de treinamento da equipe, dificuldades de relacionamento pela hierarquia, barulho devido a conversas paralelas no momento da aplicação, pouca atenção ao tempo de pausa e o descrédito no checklist. O maior desafio está relacionado a autonomia que os condutores do checklist precisam ter, na condução do checklist, que esbarra na hegemonia médica sobre eles. Conclusão: A taxa de adesão ao preenchimento do checklist é de 100%, mas, na experiência de quem o conduz, na maioria das vezes, é apenas checado e não executado como um protocolo que deve ser seguido antes de cada etapa do procedimento cirúrgico. A adesão real ao checklist representa um desafio, querequera valorização e compreensão deste, como ferramenta promotora da segurança do paciente cirúrgico. Isso perpassa pela mudança na cultura organizacional dos gestores e da equipe envolvida na assistência cirúrgica.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde}, note = {Escola de Ciências Sociais e da Saúde} }