@PHDTHESIS{ 2021:650699868, title = {Terapia comportamental abrangente: caracterização e efeitos de seu treinamento sobre processos e resultados clínicos}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4884", abstract = "Os movimentos históricos que deram origem às atuais formas de terapia analítico comportamental no Brasil são diversos, resultando em uma pluralidade de práticas que torna desafiadoras as tentativas de definir a identidade dessas terapias. Observam-se agrupadas sob um mesmo rótulo práticas que diferem largamente entre si tanto em seus procedimentos quando nos conceitos que subjazem suas análises. Uma maneira de enfrentar esse desafio é delimitando diretrizes de atuação específicas em um modelo terapêutico próprio compatível com os preceitos gerais da terapia analítico-comportamental. Neste contexto surgiu em 2018 a Terapia Comportamental Abrangente (TCA). A primeira parte do presente trabalho apresenta a caracterização da TCA. Seus elementos prescritivos são fundamentados em outras áreas da Psicologia que investigam aquilo que faz com que pessoas sintam-se satisfeitas com a própria vida, sobretudo na Psicologia Positiva. A explicação dos processos de mudança necessários para que se atinjam os objetivos terapêuticos enfatiza o comportamento verbal enquanto responder relacional e a reversão dos efeitos de contingências aversivas. Os procedimentos clínicos priorizam a modelagem e modelação de repertórios verbais abrangentes mediante o diálogo terapêutico natural e o direcionamento planejado de interações sociais extra consultório. Para além de sua atuação em consultório, os princípios norteadores da TCA direcionam também os caminhos pelos quais o terapeuta pode-se desenvolver pessoal e profissionalmente. A segunda parte do trabalho constitui-se de uma pesquisa clínica experimental pela qual se observou o efeito do treinamento nas diretrizes da TCA sobre a prática de terapeutas analítico-comportamentais. A variável independente foi caracterizada de duas formas: comparando-se terapeutas adeptos da TCA desde sua concepção (terapeutas experientes) com terapeutas que a desconheciam (terapeutas aprendizes), e comparando a prática desses últimos antes e depois de um treinamento formal em TCA. Terapeutas de ambos os grupos realizaram atendimentos com um único cliente cada ao longo de até dez sessões, sendo que os terapeutas aprendizes receberam treinamento antes da quinta. O comportamento dos terapeutas em cada sessão foi categorizado mediante o Sistema Multidimensional para a Categorização de Comportamentos na Interação Terapêutica (SiMCCIT) e avaliado separadamente por um instrumento de compatibilidade com as diretrizes da TCA. Além disso, os resultados terapêuticos foram medidos com o Outcome Questionnaire (OQ-45.2). O instrumento de compatibilidade diferenciou terapeutas experientes de aprendizes, embora não tenham sido observados efeitos do treinamento. Todos os terapeutas atingiram melhoras com seus clientes, sendo os resultados dos terapeutas aprendizes, de forma geral, melhores. Ainda assim, os resultados dos terapeutas aprendizes oscilaram menos após o treinamento, e a aderência às diretrizes da TCA que envolvem análises e intervenções focadas em repertórios abrangentes do cliente foram melhores preditoras dos resultados, sobretudo nas medidas associadas a relacionamentos interpessoais. São discutidas as implicações para inserção da TCA no rol de terapias analítico comportamentais brasileiras e os caminhos a serem percorridos para continuidade da construção de evidências que dão suporte à sua prática", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia}, note = {Escola de Ciências Sociais e da Saúde} }