@MASTERSTHESIS{ 2023:823480614, title = {Fatores relacionados aos sintomas de depressão e ansiedade em pacientes internados com AVC durante a pandemia de Covid-19}, year = {2023}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4908", abstract = "O acidente vascular cerebral (AVC) é um dos principais geradores de incapacidade no mundo. Os pacientes que tiveram AVC tendem a ter altas taxas de transtornos mentais. Estes, porém, são subdiagnosticados e subtratados. A pandemia de COVID-19 trouxe consigo uma série de estressores psicossociais e contribuiu ainda mais para o aumento da carga de ansiedade e depressão nesses indivíduos. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores relacionados aos sintomas de depressão e ansiedade em pacientes internados com episódio agudo de AVC durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de estudo transversal analítico realizado de novembro de 2021 a julho de 2022 em um hospital público do Distrito Federal, Brasil. A pesquisa foi aprovada pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPCS). Foram incluídos pacientes com diagnóstico de AVC, idade igual ou superior a 18 anos e mais de 48 horas de internação. Foram excluídos pacientes com Escala de Coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P) < 15, afasia grave, diagnóstico prévio de demência e história de AVC anterior com pontuação na escala modificada de Rankin (mRS) de 3 a 6. O perfil sociodemográfico e clínico e os dados sobre a vivência da pandemia foram obtidos pelo preenchimento de questionários específicos. A gravidade do AVC foi avaliada pela National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) e os sintomas de ansiedade e depressão por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). A comparação entre os participantes com e sem sintomas de ansiedade e depressão com o perfil da amostra foi realizada por meio dos testes do Qui-quadrado de Pearson e Teste t de Student. Foram selecionadas as variáveis que apresentaram p < 0,20 para a regressão linear multivariada. A amostra final foi de 51 participantes. A média de idade foi de 67,7 (± 11,3) anos. A maior parte dos pacientes teve um AVC do tipo isquêmico, 25,5% já tiveram outro AVC e 21,6% referiram COVID-19 prévia. Sintomas de ansiedade e depressão estavam presentes em 52,9% e 51% dos indivíduos, respectivamente. O escore médio da subescala de ansiedade foi 7,75 (± 4,26) e de depressão, 9,00 (± 5,35). Com relação à ansiedade, as variáveis que apresentaram diferença entre os grupos foram sexo, obesidade e COVID-19 prévia; para depressão as variáveis foram AVC prévio, vertigem e ataxia. Por fim, a análise multivariada de regressão linear demonstrou sexo feminino e COVID-19 prévia como preditores para ansiedade; e AVC prévio e maiores pontuações na NIHSS como preditores para depressão. Este estudo analisou aspectos psicológicos do AVC durante a pandemia. Os prejuízos à saúde mental muitas vezes são subdiagnosticados, o que implica em tratamento tardio. Os resultados obtidos podem nortear estratégias para intervir precocemente na saúde mental dessa população que sofre grande impacto em situações emergenciais de saúde. A melhora do suporte psicossocial oferecido a esses pacientes irá refletir diretamente na recuperação funcional e, consequentemente, na qualidade de vida", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde}, note = {Escola de Ciências Sociais e da Saúde} }