@PHDTHESIS{ 2015:178975211, title = {MULHERES COM HIV(AIDS) - MEDICINA, RELIGIÃO E FAMÍLIA NO ENFRENTAMENTO DA DOENÇA.}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/783", abstract = "A infecção pelo vírus HIV-Aids representa um importante problema de Saúde Pública mundial com forte impacto em países em desenvolvimento como o Brasil. Recentemente, temos observado uma feminização da epidemia. Esse fato motivou o desenvolvimento da presente pesquisa, tendo como objeto de estudo mulheres com HIV-AIDS. Os objetivos principais da pesquisa foram apresentar a situação da epidemia no mundo, no Brasil e em Goiás; estabelecer a relação entre a medicina e a religião, inclusive na visão das mulheres soropositivas; destacar os sentimentos das pacientes por se encontrarem portadoras de um vírus com características letais; a importância da religião no enfrentamento desses desafios impostos pela doença; e, por fim, relacionar o papel da instituição família no combate ao HIV-AIDS. A pesquisa foi realizada utilizando-se um questionário aplicado exclusivamente pelo pesquisador em 30 pacientes comprovadamente contaminadas pelo vírus e em acompanhamento médico no Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia - HDT-HAA ou na CLIMIPI Infectologia, especializada em tratamento de doenças infecciosas, ambos na cidade de Goiânia. As respostas foram gravadas, transcritas em texto escrito, sistematizadas, algumas delas distribuídas em tabelas e, posteriormente, analisadas. Todas as expressões religiosas mencionadas estão incluídas no Cristianismo. 14 mulheres entrevistadas se declararam evangélicas, 11 católicas e 5 espíritas kardecista. O vírus HIV foi o agente infeccioso mais estudado na história da medicina, o que possibilitou grande avanço no diagnóstico e tratamento da doença, embora ainda não se disponha da cura. A relação da religião com a medicina existe desde a antiguidade, já que uma das atribuições da religião era a cura espiritual e física das pessoas. Para Laplantine (2004), com o avanço da Ciência houve um rompimento provisório dessa relação, voltando-se a encontrar logo após a redução do impacto da secularização. As pacientes estudadas reconhecem a importância dessa relação e demonstraram categoricamente que apreciam e valorizam tanto os conhecimentos médicos quanto a manifestação do fenômeno religioso no enfrentamento da infecção. Os sentimentos mais expressivos manifestados pelas pacientes ao serem perguntadas o que sentiam ao ouvirem a palavra HIV ou AIDS foram: medo, preconceito, sexualidade. O preconceito das pessoas não contaminadas demonstrou-se ser mais importante que o medo de morrer pela doença. Já o desafio provocado pela sexualidade guarda forte relação com os tabus sexuais, sendo a própria Igreja apontada como responsável por boa parte deles. As pacientes deixaram patente a importância da Religião na resolução desses problemas, apesar de alguma contradição em dogmas com forte preconceito da sexualidade. Quanto ao papel da família, os relatos são de famílias que apoiam, mas também das que não apoiam. Nas que apoiam é evidente a manifestação da importância no combate à evolução da doença.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Stricto Sensu - Doutorado em Ciências da Religião}, note = {Ciências Humanas} }