@MASTERSTHESIS{ 2007:791875036, title = {Fatores de Aprendizagem Social, Comportamento Agressivo e Comportamento Lúdico de Meninos Pré-Escolares}, year = {2007}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/1954", abstract = "A agressividade é uma característica comportamental típica dos animais. No caso do ser humano, este tipo de comportamento é influenciado tanto por fatores biológicos como sócio-culturais, e pode acarretar em sérios problemas tanto para sujeitos agressores como para vítimas de agressão. Conhecer os fatores evolutivos e ontogenéticos que influenciam a agressividade humana é portanto extremamente relevante não só para a compreensão teórica deste comportamento, como também para possíveis medidas de prevenção. Neste trabalho, apresentamos uma investigação empírica sobre a relação entre variáveis sociais (punição física, modelos de agressividade apresentados pela televisão e pelos pais, utilização de armas de brinquedo) e o comportamento agressivo e lúdico de crianças pré-escolares. Os sujeitos consistiram de 15 meninos entre quatro e seis anos de idade que freqüentavam regularmente uma creche na cidade de Goiânia. Dados demográficos e sobre a freqüência de modelos de agressividade em casa foram obtidos através de entrevistas estruturadas com os sujeitos. Dados comportamentais foram obtidos durante 12 sessões de 60 minutos de observação naturalística. Em cada sessão, os sujeitos permaneciam em uma sala de aproximadamente 60m2, sem brinquedos, e com a mínima interferência de adultos (atividade livre). A porcentagem de tempo gasta por cada sujeito em atividades lúdicas (brincadeira turbulenta e não turbulenta) foi calculada a partir de 20 registros de varredura instantânea ( scan ) a cada sessão. Dados sobre comportamento agressivo (agressão real e agressão simulada) foram obtidos através de registros de todas as ocorrências. Uma análise multivariada de variância (MANOVA- procedimento GLM do SPSS v. 13.0) indicou uma relação significativa entre o comportamento lúdico e a presença de modelos agressivos em casa, em especial a presença de armas de brinquedo (F=9,93; gl=1; p=0,01) e de brigas em casa (F=8,56 ; gl=1; p=0,02): crianças que relataram estes modelos em casa brincaram mais de forma turbulenta do que os que não relataram estes modelos. Crianças expostas à punição física (U=6,0; p=0,03), a brigas em casa (U=7,5; p=0,02) e a programas televisivos violentos (U=8,0; p=0,02) apresentaram maior número de registros de agressão real. As que relataram armas de brinquedo em casa não obtiveram registros mais freqüentes de agressividade, embora tenham apresentado uma proporção de agressões simuladas maior do que as que não relataram tais brinquedos (U= 8,0; p=0,02). Quanto mais modelos, maior a incidência destes comportamentos ao longo das sessões de observação (Rho=0,603; p=0,02). Nenhuma interação significativa entre fatores (modelos de agressividade) foi encontrada na análise multivariada. Apesar destes resultados significativos, a proporção de brincadeiras turbulentas e de agressões reais caiu substancialmente ao longo das 12 sessões. A grande maioria dos 15 sujeitos brincou menos de forma turbulenta e agrediu menos seus colegas nas últimas seis sessões, e mais nas primeiras seis sessões (teste t pareado: t=4,26; gl=14; p=0,001). Em conjunto, nossos resultados indicam um efeito cumulativo dos modelos de agressividade no comportamento lúdico e agressivo, embora este efeito possa sofrer modificações com a crescente familiaridade com a atividade livre.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Psicologia}, note = {Ciências Humanas} }