@MASTERSTHESIS{ 2014:264936030, title = {A experiência da enfermidade na perspectiva de pessoas que sobreviveram ao acidente vascular cerebral.}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/2977", abstract = "A recuperação após o acidente vascular cerebral (AVC) é complexa e envolve aspectos biomédicos, sociais e psicológicos associados à saúde e a qualidade de vida. A experiência de vivenciar o acidente vascular cerebral pode levar a pessoa e seu cuidador familiar a enfrentar as exigências decorrentes das disfuncionalidades resultantes dessa condição. Atualmente observa-se, um debate científico amplo e multidisciplinar sobre os avanços necessários para promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas que sobrevivem ao AVC, por meio de modelos de atenção a saúde que utilizem uma abordagem abrangente de saúde, com ênfase no processo de reabilitação. O objetivo do estudo foi analisar os sentidos e significados da experiência da enfermidade na perspectiva de pessoas que sobreviveram ao acidente vascular cerebral. Trata-se de um estudo de caso qualitativo, do qual participaram oito pessoas adultas e idosas, atendidos em um hospital geral do sudoeste da Bahia, no período de janeiro de 2011 à dezembro de 2012. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada nos domicílios e a análise interpretativa conduzida por meio das etapas de redução, organização dos dados, identificação das unidades de significado, construção dos núcleos temáticos e interpretação dos resultados. A experiência da enfermidade foi compreendida como uma ruptura biográfica, situação entre a vida e a morte, invalidez, perda de autonomia e incapacidade para o trabalho. O apoio social da família e da religião foi essencial para lidar com as mudanças na vida cotidiana após acidente vascular cerebral. As necessidades relacionadas com intervenções de reabilitação no contexto domiciliar e comunitário foram identificados, e os participantes mencionaram dificuldades para o processo de reabilitação após a alta hospitalar. A experiência AVC marcou uma ruptura no estilo de vida e a forma como as pessoas trabalham e entendem a doença. A ausência de um programa de reabilitação e readaptação representa uma nítida distorção entre o ideal empregado pelas políticas públicas e o real descaso com o atendimento precário que contribui para a desumanização do cuidado em saúde. Os participantes e familiares ficaram sem rede de apoio para o tratamento e continuidade dos cuidados. Ficou evidente a desarticulação da estrutura organizacional das redes de atenção à saúde e seu despreparo para atender as demandas de cuidados de saúde aos pacientes com doenças crônicas, especialmente em cidades do interior cujos recursos humanos e tecnológicos são escassos. Esses resultados sugerem a necessidade de aprimorar as estratégias de intervenções educativas e atendimento multiprofissional, assim como, rever o processo de autogestão da saúde bem como fortalecer a rede de apoio social, especialmente da família que irá enfrentar as demandas de cuidado associado com o envelhecimento populacional e ao enfrentamento das enfermidades crônicas, especialmente o acidente vascular cerebral.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Ciências Ambientais e Saúde}, note = {Ciências da Saúde} }