@MASTERSTHESIS{ 2014:45886224, title = {EXPANSÃO E URBANIZAÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA: CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DETERMINANTES NO PROCESSO DE TRANSMISSÃO EM ÁREA URBANA NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS/MT (2003 - 2012).}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/2978", abstract = "A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose de grande importância na saúde pública considerada doença negligenciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem se expandido e urbanizado, sendo sua transmissão e expansão geográfica associada a um conjunto complexo de fatores ainda mal compreendidos tornando-se um grande desafio o seu controle para a saúde pública no país. No Brasil, sua forma de transmissão se dá por meio da picada dos vetores Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi, infectados pelo tripanosomatídeo Leishmania (Leishmania) chagasi. Na área urbana, o cão (Canis familiaris) é sua principal fonte de infecção. Em Mato Grosso, 33,33% dos municípios tiveram registro de LV no período de 2001 a 2013. Atualmente Rondonópolis registra o maior número de casos notificados do estado, sendo o único em transmissão intensa. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo caracterizar os possíveis fatores determinantes no processo de urbanização e transmissão da LV em área urbana do município de Rondonópolis/MT no período de 2003 a 2012. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa com o desenvolvimento de um estudo epidemiológico descritivo, com base nos casos confirmados LVH registrados no (SINAN-NET), sendo subsidiada por dados secundários sobre o vetor, reservatório animal e aplicação de uma entrevista estruturada para coleta de informações socioeconômicas, ambientais e sobre o nível de conhecimento da população acometida pela doença. Resultados: A cura foi predominante em 87,63% dos casos. A faixa etária de 1 a 4 anos foi a mais acometida. A taxa de incidência no período variou de 0,63 em 2003 a 29,69/100.000 habitantes em 2009. A letalidade atingiu o seu maior percentual em 2007 com 35,71%. Os óbitos registrados predominaram entre adultos na faixa etária de 60 anos ou mais. A coinfecção LVH-HIV ocorreu em 6,45% dos casos notificados. Os indivíduos do grupo Negro, do sexo masculino, com baixa escolaridade 81,65% e de rendimento familiar inferior a 2 salários mínimos 72,04% foram os mais acometidos pela LVH no município. A maioria dos domicílios visitados possui animais domésticos, 70,97% dos domicílios não possuem rede de esgoto, o peridomicílio é extenso, com grande quantidade de área verde nas proximidades e acúmulo de matéria orgânica no solo. Em Rondonópolis, verificamos que o nível de conhecimento da população em relação a LV se restringe a informações superficiais sobre a doença e que as atitudes preventivas são inespecíficas ou realizadas de forma descontínuas. Conclusão: Os dados expressam o caráter endêmico da LV com alto percentual de infecção em crianças e HIV positivos, a maior incidência da doença coincidiu com as áreas de maior densidade populacional que ilustram claramente o processo de urbanização da LV. A alta distribuição da infecção canina, a ampla adaptação do vetor no ambiente urbano, a redução dos investimentos em saúde, a descontinuidade das ações de controle e a expansão das construções dos conjuntos habitacionais na periferia da cidade criam condições favoráveis para a endemicidade de um ciclo urbano de transmissão ativa da doença que poderá aumentar o seu número de casos nos próximos anos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde}, note = {Ciências da Saúde} }