@MASTERSTHESIS{ 2024:683772897, title = {Impacto da interação medicamentosa de psicofármacos e de transtornos mentais comuns autorreferidos na qualidade de vida de estudantes de pós-graduação stricto sensu no contexto da pandemia de covid-19}, year = {2024}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5188", abstract = "Dentre a população universitária, pode ser observado um aumento na prevalência de transtornos mentais comuns devido a diversos fatores, incluindo-se a transição para o ambiente universitário como um período crítico e desafiador, distanciamento da família e amigos, desenvolvendo, assim, novas conexões sociais e aumento da autonomia e da responsabilidade. Com isso, ocorre o aumento da utilização de medicamentos psicotrópicos e consequente interação medicamentosa, que pode comprometer a qualidade de vida entre estudantes brasileiros de pós-graduação stricto sensu durante a pandemia da COVID-19. Este estudo teve como objetivo geral avaliar o impacto da interação medicamentosa e uso de psicofármacos, assim como a presença de transtornos mentais comuns autorreferidos na qualidade de vida de estudantes brasileiros de pós-graduação Stricto sensu no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo transversal analítico realizado com estudantes de pós-graduação stricto sensu matriculados em programas brasileiros que autorreferiram utilizar mais de um psicofármaco, totalizando uma amostra de 595 estudantes. Os dados foram coletados por meio de um formulário eletrônico via e-mail e/ou WhatsApp, por meio da plataforma REDCap (Research Eletronic Data Capture), contendo informações sociodemográficas, econômicas, histórico de saúde, aspectos acadêmicos, assim como informações sobre o uso de psicotrópicos, autorrelato de distúrbios mentais comuns. E, para a percepção de qualidade de vida, foi utilizado o WHOQOL-bref da Organização Mundial da Saúde. Foram utilizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais e teste de regressão para investigar as relações entre as variáveis e compreender os efeitos das interações medicamentosas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto sob parecer 5.384.965. Dos 595 participantes, a maioria são do sexo feminino, se autodeclararam brancos, com predomínio de solteiros e moravam na região Sudeste do Brasil. Quanto ao perfil acadêmico, a maioria era da área de Ciências da Saúde e não possuíam emprego. Os TMC mais autorreferidos foram depressão e transtorno de ansiedade. Faziam uso de antidepressivos, ansiolíticos, sedativos e estimuladores psicomotores. Em relação às interações entre medicamentos psicotrópicos, a maioria apresentou interação, e destes foram consideradas graves. Ao avaliar a qualidade de vida, o domínio ambiental possui a maior média e o psicológico a menor. Ao analisar a influência de preditores sociodemográficos nos domínios do WHOQol-bref, pode-se notar que a única variável preditora que impactou todos os quatro domínios de qualidade de vida foi a presença de depressão, os quais apresentaram menores escores médios de qualidade de vida nas quatro dimensões. Ter a síndrome do pânico afetou os domínios psicológico, físico e ambiental; do transtorno afetivo bipolar, que influenciou negativamente o domínio psicológico; e do transtorno de personalidade, que afetou negativamente o domínio físico. Quanto ao consumo de psicofármacos, a utilização de sedativos teve o maior impacto negativo, reduzindo a média de qualidade de vida, mas apenas sobre o domínio físico (beta = -0,13, p = 0,002), seguido do consumo de antipsicóticos sobre os domínios ambiental (beta = -0,11, p = 0,014) e físico (beta = - 0,09, p = 0,041) e do consumo de estimulantes, que impactou negativamente apenas o domínio psicológico (beta = -0,09, p = 0,031). Já as variáveis de perfil acadêmico inseridas no modelo não influenciaram a qualidade de vida. No que toca ao perfil sociodemográfico, ter um companheiro teve influência sobre o domínio ambiental e o aumento da renda resultou em uma diminuição do escore de qualidade de vida do domínio psicológico. Vale destacar que a potencial interação medicamentosa não apresentou relação estatisticamente significativa com nenhum domínio de qualidade de vida, fato também verificado nas análises bivariadas preliminares. As universidades precisam criar e implementar políticas eficazes de apoio à saúde mental que incentivem um tratamento completo e unificado, as múltiplas interações entre saúde mental, tratamento farmacológico e qualidade de vida. A execução dessas medidas é essencial para assegurar o bem-estar e o sucesso acadêmico dos estudantes de pósgraduação stricto sensu, principalmente durante momentos desafiadores como a pandemia de COVID-19", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde}, note = {Escola de Ciências Sociais e da Saúde} }