@PHDTHESIS{ 2019:243569733, title = {As relações entre ciência e tecnologia no ensino de ciências da natureza}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4376", abstract = "Este trabalho está vinculado à linha de pesquisa “Teorias da Educação e Processos Pedagógicos”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. A intenção principal é compreender a submissão da ciência à tecnologia na contemporaneidade e sua objetivação no ensino de Ciências da Natureza. Esse objetivo foi constituído a partir da necessidade de compreensão histórica da referida submissão e da forma como o ensino de Ciências contribui para tal cenário, o que demanda conhecer o tratamento dado pela área a tais elementos. A presente tese é pautada teoricamente no materialismo histórico-dialético enquanto método de investigação (MARX, 2008, 2011a, 2011c; MARX e ENGELS, 2007; KOPNIN, 1978; KOSIK, 1976) e apresenta caráter bibliográfico (RAMOS VOSGERAU e ROMANOWSKI, 2014; SAVIANI, 2007a). Esse método permite compreender as imbricações entre ciência, tecnologia e o processo de constituição das bases materiais da sociedade como fundamentos explicativos para a emergência da tecnologia como questão importante para a área de Ciências da Natureza, cuja adoção nos processos didáticopedagógicos deve ser investigada para além do que é dado de forma aparente. Nesse sentido, foi construído um corpus de pesquisa com 120 artigos relacionados ao uso de tecnologias no ensino de Ciências, publicados em revistas de relevância histórica para a área. A análise desse corpus se baseou nas concepções de educação de Saviani (2012b, 2013a), de ciência de Lefebvre (1991) e de tecnologia de Feenberg (2010) e Peixoto (2008, 2012, 2016). O corpus indica que a produção que se refere prioritariamente ao ensino está focada na prática e distanciada da teoria. Há pouca discussão do referencial teórico e epistemológico sobre ciência e tecnologia, filiando-se, em sua maioria, à lógica formal. O uso de tecnologias é abordado principalmente de forma tecnocentrada, refletindo o cenário da racionalidade instrumental que pauta a sociedade capitalista. O percurso lógico e histórico da ciência e da tecnologia, quando associado à constituição das Ciências da Natureza, evidencia que a produção do conhecimento se relaciona às demandas econômicas ao longo da história. Na sociedade capitalista contemporânea, isso culmina na submissão da ciência à tecnologia, quando o conhecimento científico é tratado como uma força produtiva a serviço do desenvolvimento tecnológico que expressa uma objetivação de acumulação do capital. Durante as análises, percebeu-se que o ensino de Ciências corrobora esse quadro de submissão, pois reproduz as condições estruturais da divisão social de classes. Essa perspectiva é constituída historicamente na educação brasileira, cujas políticas expressam um viés neoliberal e tecnicista, privilegiando a formação para o mercado e a instrumentalidade em detrimento da formação humana (SAVIANI e DUARTE, 2010). O corpus e os documentos norteadores também expressam a submissão da ciência à tecnologia ao tratá-la como mercadoria, afirmando, assim, o projeto de sociedade burguesa que corrobora a manutenção das desigualdades e da alienação. Para a transformação do quadro vigente, a compreensão dialética da realidade impõe o tratamento do ensino de Ciências em uma perspectiva contra-hegemônica, na qual a educação é um instrumento de superação da condição vigente e na promoção de uma mudança estrutural para além do capital", publisher = {Pontifícia Universidade Católica de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação}, note = {Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia} }